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Dona Ana – Enlaces de Gerações

Um encontro que trouxe belas histórias, sorrisos e memórias. Dona Ana uma senhora que é pura simpatia e carinho no olhar é neta da querida Tatiana, uma menina incrível que tive a oportunidade de conhecer. Ambas de personalidade forte, mulheres de atitude teiam a história de uma família com muita atitude, força e coragem. Compartilhar esta tarde com elas me fez relembrar ainda mais a importância destes laços, e que lindo é saber que pude de certa forma também ser parte dessa história.

Conheça um pouco mais dessa história através das palavras do nosso poeta querido João Guilherme, e dos retratos que pude captar para imprimir esses sentimentos em imagens e assim reforçar ainda mais essas lindas memórias.

Os Retratos

A Poesia

“Os anos passam para todo mundo.
Para uns mais rápido,
Para outros mais devagar.
E em todo esse tempo,
Colecionei algumas rugas
Cheias de histórias para contar.
.
Mas antes de qualquer coisa
Acredito que seja válido
Um certo ponto ressaltar.
Minhas rugas são marcas do que senti.
Das vezes que a vida me fez
Chorar ou gargalhar.
.
“Tá vendo essa ruga na bochecha?
Foi do sorriso que eu dei
No dia em que me casei”
“Tá vendo essa aqui na sobrancelha?
Foi da vez que chorei
Quando meu pai se foi e desabei”
.
Eu adoro as minhas rugas
Porque elas me contam todas as histórias,
Até as que já não lembro mais.
Aliás, com a idade e com o Alzheimer,
Algumas partes da trajetória
Vão ficando para trás.
.
Mas ainda carrego comigo diversas lembranças:
.
De quando era pequena
E corria para a roça
Me jogar nos braços de meu pai.
A gente plantava de tudo,
Frutas de tanto tipo que já nem me lembro mais.
.
De quando era criança.
Garota de fora, menina esperta.
Os meus amigos querendo cola.
E eu sempre na minha,
Sempre muito certa.
.
De quando era crescida
E meu marido ainda era vivo.
Correndo com as crianças
E eu tomando minha bebida.
Mais que qualquer coisa: Um cúmplice, um amigo.
.
Mas não só de memórias eu vivo.
Alegre, eu levanto
E visto logo o meu sorriso.
Posso até demorar
Quando começo a caminhar,
Mas sempre consegui trilhar
O meu próprio caminho.
.
Mas chega uma idade em que dizem:
– “Mas a senhora é idosa,
Tem que se cuidar mais”
Logo digo: – “Eu tô velha, mas não tô morta.
Deixa eu tomar meu vinho em paz.”
.
Por João Guilherme @joao_pedepoesia
.

Retratoterapia – São José dos Campos – SP

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