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Um olhar para a autoaceitação

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Um outro olhar para a autoaceitação

E na minha sétima ida ao Rio de Janeiro entrei em contato com um novo momento dentro de mim. Esta cidade que me traz a cada encontro a oportunidade de experimentar energias muito diferentes, sempre me relembra sobre a liberdade em poder ser você mesmo. Uma comunidade onde há uma diversidade de pessoas que convivem sem censura. Gente de todas as idades, cores, classes, crenças, origens, escolhas. Celebrando a vida, enlaçando toda a desigualdade a uma beleza natural muito única que o Rio tem.

Esta ida teve como propósito acompanhar a Bárbara, uma amiga que foi fazer sua primeira formação como instrutora de ThetaHealing. Divulguei minha ida, mas talvez por ter sido um feriado prolongado não cheguei a fechar novos trabalhos, fora uma sessão de Retratoterapia que eu faria com a própria Bárbara, no último dia antes do nosso retorno. Como nada é por acaso, neste período eu estava vivendo um momento de muitas transformações internas, fechamento de ciclos, liberando espaço para dar novos passos na minha jornada, desejando como nunca abraçar o que a minha alma livre anseia fazer nesta existência.

E em uma manhã antes de ir para praia, no único dia de sol de toda a estadia, (nunca passei tanto frio no Rio de Janeiro), em senti de me ver ali, de me fotografar, aproveitando a vibe desta cidade que sempre me deu toda a liberdade de simplesmente ser eu mesma. Em um momento de muita profundidade minha alma quis colocar sua voz para fora, dando um olhar para a aceitação do meu próprio corpo. Usava um biquíni amarelo, um shorts jeans que já passou muita coisa comigo, e um corpo que poucas vezes foi retratado descoberto. E neste momento ainda tímida, mas disposta a quebrar essa barreira fiz uma auto sessão de Retratoterapia. Em silêncio comigo mesma, tendo como testemunhas as paredes de um apartamento de Airbnb, a luz e o calor de um sol que ressoou com aquilo que estava guardado dentro de mim. Sem maiores intenções fui revelando pedaços de mim, algumas partes que eu gosto mais, outras que gosto menos, experimentando novos ângulos, integrando partes que compõe um todo muito maior.

Busquei através destes retratos trazer um novo olhar sobre a aceitação do meu próprio corpo. Um corpo que hospeda uma uma mistura de sensações, de emoções, de crenças, um corpo com suas marcas de uma idade que já não é tão jovem, um olhar tímido e ao mesmo tempo aberto e sedento por mostrar seu universo interior. Se conhecer, se reconhecer, aceitar nossos ciclos, viver a impermanência de uma vida que nos trará momentos únicos de alegria e as vezes de tristeza também. Mergulhar no entendimento das nossas próprias emoções é muito importante, entender como nosso corpo está reagindo e falando conosco o tempo todo através dos desconfortos, das sensações, de uma dor que indica um incomodo interno, de uma fala engasgada que resulta em uma digestão que não flui. O quanto o corpo físico está refletindo aquilo que os outros corpos já não são capazes de suportar, e naquele momento eu estava olhando para isso tudo, exatamente como meu corpo “estava”.

Foi um ensaio diferente, para mim, foi uma proposta de me olhar com mais amorosidade para as partes do meu corpo e ver beleza mesmo nas “imperfeições”. Um movimento de aceitar que não precisamos ser perfeitas para sermos belas, que os padrões da sociedade muitas vezes vem para tirar a nossa liberdade em viver nossos próprios ciclos, em busca de nos enquadrar em lugares que nos tiram da nossa realidade, e perceber que não precisa ser assim.

Muitas trocas aconteceram durante essa estadia, tive a incrível oportunidade de olhar a fundo muitas das minhas crenças através de algumas sessões com a Bárbara, através do ThetaHealing. Foram muitas conversas, risadas, cuidados, passeios e confidências. Como é importante olharmos para tudo aquilo que está por trás do nosso corpo, para aquilo que precisa de um olhar de cura e acolhimento, isso trará certamente um reflexo no corpo físico também, autoconhecimento liberta. Por fim trocamos de lado e fizemos uma sessão muito especial de Retratoterapia juntas pela cidade, onde tivemos a oportunidade de visitar muito do seu universo interior, suas histórias, sua realidade, seus sonhos mais profundos. Logo farei um post com o resultado deste trabalho que está sensacional demais!

Me despeço do Rio com gratidão no coração, fechando uma temporada de anos onde eu comecei a experimentar a minha liberdade. Levo comigo as sensações, as pessoas que conheci, as experiências que vivi, e o desejo de continuar meus caminhos explorando novos mundos, com o sentimento de a cada dia poder renascer em mim. Que a pele não tenha medo de ser tocada pelo sol, que os olhos continuem buscando conexões de profundidade, que a alma não tenha medo de expressar toda sua luz. E que cada um tenha a oportunidade de reconhecer seus caminhos, sem julgamento ao caminho das pessoas ao seu redor, com respeito, com empatia, com acolhimento, dentro dos seus limites, compartilhando alegrias, compartilhando vidas, esse é meu mundo, esse é meu clube, rs.

E aqui estão um pouco dos registros de mim para mim, me vi menina, me vi mulher, me vi viva ali.

Retratoterapia – Rio de Janeiro – RJ

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