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Nathalia – Deixar-se brilhar

Uma experiência incrível que trouxe para Nathalia a oportunidade de entrar em contato com suas próprias emoções, lembranças, ter a oportunidade de um dia para se sentir livre. Nós que nos conhecemos nas aulas de jazz, iniciamos o ensaio no studio onde ela também pratica tecido acrobático, uma prática onde ela pode exercer sua liberdade de criar, de fluir. Seguimos as fotos pra uma região no bairro onde moramos, em um dia que fluiu de nublado, para um lindo sol e fechou leve e iluminado por ela, nos mostrando que não podemos ter o controle de tudo, mas que quando soltamos e confiamos tudo caminha para o melhor.

Hoje a Nathalia está no início de gestação e decidiu aproveitar a oportunidade para ter um registro único, só seu. Como é especial reservarmos um tempo para nós mesmas. Muito feliz por ser parte de mais essa história, o resultado ficou apaixonante!!

E abaixo um depoimento sobre o que foi a experiência por ela mesma, lindo de viver…

No momento que as palavras me faltaram, a fotografia (ou a Retratoterapia, como é o nome desse trabalho) veio expressar aquilo que não consigo dizer, e por isso resolvi compartilhar com vocês hoje esse trabalho terapêutico que fiz. Em uma sessão em frente a uma câmera, há algumas semanas, fui conduzida a me deixar fluir para encontrar as minhas diferentes versões, tão enterradinhas dentro do peito. Lembro que em um momento da sessão lembrei carinhosamente da minha menina, tão reprimida por ter um gênio mais forte (e vocês sabem, meninas têm que ser doces e silenciosas) e lhe dei as boas vindas de volta – ela ainda sou eu e eu ainda sou ela – agora sem repressão. Encontrei minha versão adolescente, tão desesperada em fazer tudo tão perfeito, em ter boas notas, em ser amigável e aceita por todas e tão desesperada por ter um corpo perfeito (vide fase de transtorno alimentar) e lhe disse que não era mais preciso ser assim – que ela estava livre. Disse a ela que ela podia sim se alimentar, e que não era crime viver sem fome. Também disse a ela que não havia problema nenhum em não ter o corpo que ela aprendeu que tinha que ter – ele é só um instrumento para ela voar, e não um ornamento pro mundo. Encontrei meu lado sapeca, moleca e brincalhão, que me fizeram acreditar pertencer só a crianças. E sorri pro meu lado sonhador, que muitas vezes sofreu tentativas de ser apagado, mas que continuou forte guiando meus desejos.

PS.: A Retratoterapia é um trabalho que utiliza a fotografia para capturar a essência e a verdade do indivíduo, de forma a capturar aquilo que nosso consciente não consegue verbalizar. Para mim foi um momento muito importante, e muito libertador!

Retratoterapia – São José dos Campos – SP

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